Digaaí em parceria com Brazilian Women’s Group – Grupo Mulher Brasileirae Consulado-Geral do Brasil em Boston convidam todos para assistir o filme “Epidemia de Cores”:
Com direção do antropólogo Mário Eugênio Saretta Poglia, Epidemia de Cores acompanha o trabalho realizado na Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre, na qual os internos realizam trabalhos em pintura, escultura, bordado e escrita criativa.
A oficina foi criada 1990, inspirada na revolucionária iniciativa da médica psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que, nos anos 1940, apresentou em um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro essa forma de tratamento humanizado em contraponto a métodos violentos como eletrochoques e lobotomia.
Saretta conhece bem o trabalho feito no São Pedro, onde realizou diferentes pesquisas e trabalhos acadêmicos. Para realizar o documentário, ele captou imagens e realizou entrevistas ao longo de dois anos com pacientes, funcionários e voluntários que colaboram com a instituição. Essa proximidade e intimidade se reflete na abordagem delicada e respeitosa com que apresenta tanto os dramas de quem rompeu, alguns bruscamente, os laços com a sociedade, encarando junto ao desajuste mental históricos de carência e abandono, quanto a abnegada dedicação daqueles que os acompanham na rotina da expressão criativa – que é, como demonstrou Nise da Silveira, um eficaz canal de comunicação e reconexão desses pacientes com a vida que cerca.
Directed by anthropologist Mário Eugênio Saretta Poglia, Epidemia de Cores documentss the work accomplished in the Creativity Workshop run by the Psychiatric Hospital in São Pedro, Porto Alegre, where the residents create paintings, sculptures, embroidery and works of creative writing.
The workshop was created 1990, inspired by the revolutionary research of the Alagoan psychiatrist Nise da Silveira who, in the 1940s, introduced this treatment in a psychiatric hospital in Rio de Janeiro in order to provide an alternative to the other invasive and violent methods used in the hospital, such as eletro-shock treatments and lobotomy. Saretta knows well the work developed in São Pedro, where he completed research and academic projects. To create this documentary, Saretta spent over two years with patients, employees and volunteers capturing images and conducting interviews. These intimate interactions are reflected in the delicate and respectful approach with which he presents the challenges that sever, sometimes abruptly, the patients’ connections with society, and explores their history of lack and abandonment, as well as their dedication to their creative expression – an endeavor that is, as demonstrated by Nise da Silveira, an effective means by which these patients reconnect with the life that surrounds them.
